Bem Comum e Interesses Privados

11.05.2016

Santo Agostinho, bispo africano que viveu nos séculos IV e V, não se encolheu perante a iniquidade da escravatura. A privação da liberdade e a obrigação de servidão eram, para ele, um mal humano, um mal social. A cidade tinha o potencial de concretizar a ideia de que o bem humano só pode ser encontrado no bem de toda a sociedade, no bem comum. Na sua regra, responde à hierarquia portuguesa da Igreja Católica sobre a reavaliação da necessidade dos contratos de associação de colégios privados. No capítulo 5, diz que o cristão coloca o bem comum antes do seu próprio interesse, não o seu próprio interesse antes do bem comum: “Sabe, então, que quanto mais te dedicares à comunidade em vez de aos teus interesses privados, mais terás avançado.”