If we continue to read this Gospel passage attentively, we also find a second imperative: “abide”, and “observe my commandments”. “Observe” only comes second. “Abide” comes first, at the ontological level, namely that we are united with him, he has given himself to us beforehand and has already given us his love, the fruit. It is not we who must produce the abundant fruit; Christianity is not moralism. It is not we who must do all that God expects of the world but we must first of all enter this ontological mystery: God gives himself. His being, his loving, precedes our action and, in the context of his Body, in the context of being in him, being identified with him and ennobled with his Blood, we too can act with Christ.
Ethics are a consequence of being: first the Lord gives us new life, this is the great gift. Being precedes action and from this being action then follows, as an organic reality, for we can also be what we are in our activity.
— BENEDICT XVI, “Lectio Divina”, 12 Feb. 2010
Ethics as Fulfilment
Jesus Christ, Love Incarnate
What moved you, infinite God, to enlighten me, your finite creature, with the light of your truth? You yourself, the very fire of love, you yourself are the reason. [...] What was the reason for this? Love. For you loved us before we existed. O good, O eternal greatness, you made yourself lowly and small to make us great!
— ST. CATHERINE OF SIENA, OP, The Dialogue
Thank You
If the only prayer you ever say in your entire life is thank you, it will be enough.
— MEISTER ECKHART, OP
Vem Santo Espírito
Vem réstea de sol
esclarece os desvairos da noite
e o fogo que corre sem freio.Vem defensor do pobre
vem sinal rumoroso da voz
que move o mundo.Vem memória d’água
barqueiro do nosso olhar
entre a luz e o seu véu.Vem testemunha da dor
e da angústia sem nome
vem força da vida.Vem clamor da noite cega
luz cinzenta que borda o mar
vem jardim dos olhos.— JOSÉ AUGUSTO MOURÃO, OP, “Veni Sancte Spiritus”
A New Humanity
Christ is present to us in so far as we are present to each other. We are born with a constitutional inability to live together in love; we achieve a precarious unity only with great difficulty and for a short time; there is a flaw in the very flesh we have inherited which makes for division between us. The very thing that should make us one, the fact that we come into existence as members of one family, is the source of our isolation.
— HERBERT MCCABE, OP, The New Creation
Saciada, a Alma Permanece Faminta
Ó Divindade eterna, ó eterna Trindade, que, pela união com a natureza divina, tanto fizestes valer o Sangue de vosso Filho Unigénito! Vós, Trindade eterna, sois como um mar profundo, no qual quanto mais procuro mais encontro, e quanto mais encontro, mais cresce a sede de Vos procurar. Saciais a alma, mas dum modo insaciável, porque, saciando-se no vosso abismo, a alma permanece sempre faminta e sedenta de Vós, ó Trindade eterna, desejando ver-Vos com a luz da vossa luz.
Saboreei e vi com a luz da inteligência, ilustrada na vossa luz, o vosso abismo insondável, ó Trindade eterna, e a beleza da vossa criatura. Por isso, vendo-me em Vós, vi que sou imagem vossa por aquela inteligência que me é dada como participação do vosso poder, ó Pai eterno, e também da vossa sabedoria, que é apropriada ao vosso Filho Unigénito. E o Espírito Santo, que procede de Vós e do vosso Filho, me deu a vontade com que posso amar-Vos.
Porque Vós, Trindade eterna, sois criador e eu criatura; e conheci — porque Vós mo fizestes compreender quando me criastes de novo no Sangue do vosso Filho — conheci que estais enamorado da beleza da vossa criatura.
Oh abismo, oh Trindade eterna, oh Divindade, oh mar profundo! Que mais me podíeis dar do que dar-Vos a Vós mesmo? Sois um fogo que arde sempre e não se consome. Sois Vós que consumis com o vosso calor todo o amor profundo da alma. Sois um fogo que dissipa toda a frialdade e iluminais as mentes com a vossa luz, aquela luz com que me fizestes conhecer a vossa verdade.
Espelhando-me nesta luz, conheço-Vos como sumo bem, o bem que está acima de todo o bem, o bem feliz, o bem incompreensível, o bem inestimável, a beleza sobre toda a beleza, a sabedoria sobre toda a sabedoria: porque Vós sois a própria sabedoria, o alimento dos Anjos, que com o fogo da caridade Vos destes aos homens.
Sois a veste que cobre toda a minha nudez; e alimentais a nossa fome com a vossa doçura, porque sois doce sem qualquer amargor. Oh Trindade eterna!
— S. CATARINA DE SENA, OP, O Diálogo
Sabedoria
Hoje, numa celebração eucarística dominicana em Fátima fui convidado a fazer a primeira leitura. As palavras irradiantes vinham do livro da Sabedoria (6,12-16):
Radiante e inalterável é a sabedoria;
facilmente se deixa ver por aqueles que a amam,
e encontrar por aqueles que a buscam.
Antecipa-se a manifestar-se aos que a desejam.
Quem por ela madruga não se cansará:
há-de encontrá-la sentada à sua porta.
Meditar nela é prudência consumada,
e aquele que não dorme por causa dela
depressa estará livre de inquietação.
Pois ela própria vai à procura dos que são dignos dela,
pelos caminhos lhes aparece com benevolência
e vai ao encontro deles, em cada um dos seus pensamentos.