Vaticano II: O Pós-Concílio propõe um conjunto de três comunicações que reflectem sobre o marcante Concílio reunido entre 1962 e 1965:
Bento Domingues, OP, “Os Dominicanos no Concílio” (15 Set., em Lisboa; 21 Set., no Porto)
Francolino Gonçalves, OP, “A Dei Verbum” (16 Set., em Lisboa; 22 Set., no Porto)
Mateus Peres, OP e José Nunes, OP, “O Pós-Concílio: Memórias e Perspectivas” (17 Set., em Lisboa; 23 Set., no Porto)
Todos os eventos da iniciativa são às 17 horas. Serão acolhidos no Convento de São Domingos em Lisboa e no Centro Paroquial de Cristo-Rei no Porto. Deixo o texto de apresentação:
Para tudo há um horizonte de expectativa e um horizonte de decepção. As dissensões a propósito do Vaticano II não começam apenas quando se entra na interpretação dos textos. Há a questão da sua aplicação. O concílio criou grandes expectativas, do mesmo modo que o pós-concílio trouxe grandes decepções.
É afirmação corrente que a verdadeira recepção de Vaticano de facto ainda não começou. Um concílio é, de facto, um acontecimento extraordinário — um remédio indispensável com, por vezes, efeitos secundários indesejáveis — e não pode ser confundido com a vida da própria Igreja.
São sempre os herdeiros que se pronunciam sobre o legado deixado pelos outros. Há uma crítica ao Vaticano II que pretende que a torrente da modernidade terá submergido a escritura, os Padres e a liturgia, reduzindo-o a um messianismo terrestre.
“Para que avance, é decisivo encontrar uma garantia espiritual, não apenas para uma explicação anti-histórico-utópica do concílio, mas também para uma compreensão criativo-espiritual na unidade viva com a verdadeira Tradição.”
(Ratzinger 1973: 443)Em cena estão a hermenêutica da descontinuidade e da ruptura e a hermenêutica da reforma, identificados com os media e uma parte da teologia moderna; do outro lado, os bispos e o papa como os administradores legítimos do dom do Senhor.
Como se fez a recepção do Vaticano II em Portugal? Que energias, iniciativas, expectativas abriu?