Poemas de Advento (2)

10.12.2012

Advento.
Tempo de esperas e recomeços.
Entre as velas do caminho
e as músicas em tons menores
despertamos da noite
ou saímos de um nevoeiro
para entrarmos no mistério que se revela
a quem traz aquecido o coração.

Advento.
Tempo de levantar as cabeças
vigiar e orar
como nos pede o Mestre.
E não olhar para o umbigo
para o desassossego dos problemas,
de cabeça curvada,
a cismar no que nos traz dispersão.

Advento.
Tempo de ouvir o segredo de Deus
de se deixar queimar pelo seu fogo
iluminar pela sua luz
ou encher pela sua presença.
E entrar na gruta
onde Deus se fez um de nós
inocente, puro, todo dado,
para a nossa salvação.
Vem, senhor Jesus.

FILIPE RODRIGUES, OP, “Advento 2012”