No tecto abobadado, Deus
pensa:
fiz deles a minha alegria,
e tudo o mais que eu criei
fiz para os abençoar.
Mas olha o que eles fazem!
Eu conheço o seu coração
e argumentos:“Descendemos de
Caim. O mal não é novo,
então, o que importa agora
se bombardearmos a enfermaria,
e o poço aonde os amedrontados
e os precipitados devem
vir buscar água?”Deus criou Maria pelo pensar.
Suspensa no apogeu
da cúpula de ouro,
ela enrola uma vagem castanha,
e nela a mente
de Cristo, envolta em sangue,
aloja-se e começa a crescer.— JANE KENYON, “Mosaico da Natividade: Sérvia, Inverno de 1993”
(trad. Sérgio Dias Branco)
Poemas de Advento (3)
17.12.2012