Só quando venceu o medo dentro dele próprio, enfrentou o perigo, embora, em plena oração no Jardim das Oliveiras, tenha sido assaltado por extrema angústia. As mulheres foram as únicas que, depois do desastre, venceram o medo. Os discípulos viveram trancados, enquanto o Espírito Santo não os modificou até à raiz e abriu o seu judaísmo ao mundo pagão, ao mundo dos gentios. Isto não aconteceu sem um grande debate no Concílio de Jerusalém. É o tema da Missa de hoje.
Os Evangelhos, ao colocarem na boca de Jesus um repetido “não temais”, dizem que não era a audácia que os animava.
O medo paralisa, o amor é criativo.
Bento Domingues, OP, “A Ditadura do Medo”
06.05.2013