desafiai o deserto
a fuga mundi
a desistênciaarrancai ao caos
o canto livredeixai a prisão
que pisa aos pés a vida
em nome da pós-vidaentrai no abismo do silêncio
que iluminaesclarecei a distância
entre o poder e as verdadespensai o acontecimento
a excepção, a mudançaentrai no Aberto
que a Palavra tecequerei o não-querer
que faz o pobrelargai a técnica
da autoflagelação
e do cálculoo claro está no escuro
e na limitação passiva
do que nele fulgura
e leva ao Diameditai na vida
não na mortea Páscoa está na dor
que ressuscita— JOSÉ AUGUSTO MOURÃO, OP, “vigiar”
Na Dor que Ressuscita
18.04.2014