Não tenho imagens, mas tenho algumas palavras. O funeral do Frei Bernardo Domingues decorreu hoje à tarde na Igreja do Convento do Cristo-Rei, Porto, que também é a minha casa porque sou membro da Fraternidade Leiga de São Domingos aí sediada. Fomos muitos e muitas. Enchemos a igreja, a ponto de ser necessário encaminhar as pessoas para as galerias superiores. Tanta gente que se cruzou com ele em diversas momentos marcantes na paróquia, na escola, na universidade, na família dominicana, na vida. Foi, por isso, um tempo de revisão, de reencontro, e de olhar esperançoso para o futuro motivado pela ocasião. A homilia do irmão, Frei Bento Domingues, sob o signo da misericórdia de Deus e da humanidade, deu um tom intensamente alegre a esta “celebração de passagem” (como o próprio Frei Bernardo lhe chamou há 7 anos) que se manteve até à conclusão. Em vez de lamentarmos, agradecemos. Agradecemos uma vida incansável ao serviço do bem comum que não nos deixa descansar. Celebrámos a alegria do Evangelho, a alegria de Cristo, a alegria da vida, a alegria da vida em Deus. Alegria transbordante. No fim descobrimos o princípio, quando a beleza do “Salve Regina”, cantado ao jeito dominicano, fez ecoar a plenitude: “Ora pro nobis sancta Dei Genetrix / Ut digni efficiamur promissionibus Christi. Amen.”