Sobre os votos dos católicos, vale a pena ler com atenção o artigo do P. João Manuel Silva, SJ, “Informar, Discernir, Decidir”. Destaco esta passagem:
O número 76 da Gaudium et Spes (GS) lembra-nos que a Igreja “de modo algum se confunde com a sociedade nem está ligada a qualquer sistema político determinado”. Pelo contrário, o Concílio Vaticano II apela à responsabilidade pessoal na formação da própria consciência, reconhecendo a pluralidade de opções políticas: “muitas vezes, a conceção cristã da vida incliná-los-á para determinada solução, em certas circunstâncias concretas. Outros fiéis, porém, com não menos sinceridade, pensarão diferentemente acerca do mesmo assunto, como tantas vezes acontece, e legitimamente.” (GS 43) O mesmo número relembra que “a ninguém é permitido, em tais casos, invocar exclusivamente a favor da própria opinião a autoridade da Igreja” e termina convidando ao esclarecimento mútuo “num diálogo sincero, salvaguardando a caridade recíproca e atendendo, antes de mais, ao bem comum.”