Tenho a felicidade de pertencer a várias famílias. Uma delas é a Família Dominicana, na qual encontrei a minha morada espiritual no interior da Igreja Católica. No percurso que iniciei com a admissão à Fraternidade de S. Domingos no Porto em 2012, o fr. João Leite (1931-2021) esteve presente desde o primeiro instante. Era o assistente religioso da fraternidade. A Filipa captou este momento na minha Promessa Temporária em 2013. O fr. João dirigia-se a mim, atencioso, para sublinhar a dimensão fraternal dos textos que eu tinha escolhido para a celebração. Tinha um empenho na justiça social e na paz no mundo, como foi lembrado nas exéquias de hoje, e ensinou-nos a gratidão como sinal de esperança. Empenhados estamos. Gratos estamos. Esperançosos estamos — por ele, com ele, na sua doce companhia, na mesma fé que o seu testemunho ajudou a firmar em nós. O amor de Cristo uniu-nos. É esse amor que nos manterá unidos.
